A última semana de notícias relacionadas ao pré-sal foi dominada por desdobramentos relacionados à oferta de ações da Petrobras. Dessa maneira, os jornais divulgaram em sequência, informações a respeito dos resultados da capitalização. Logo na segunda-feira, dia 04, a estatal confirmou a emissão de um lote suplementar da oferta, de 187 milhões de ações. Quem exerceu a opção foi o Morgan Stanley, banco que atua como estabilizador dos papéis desde o fim da oferta. Foram emitidas 75 milhões de ações ordinárias e 112 milhões de ações preferenciais. Isso significa que agora se tem certeza de que a operação somou R$ 120,248 bilhões.
No dia seguinte, a mídia noticiou que a fatia dos investidores estrangeiros na Petrobras apresentou queda significativa após o processo de capitalização da empresa. Cálculos apontaram que investidores de fora do País ficaram com 26% no capital total da companhia, ante 37,8% em 30 de agosto de 2010, com a consolidação dos dados finais divulgados. Embora não tenha detalhado, a companhia indicou que 629 investidores estrangeiros compraram 252,2 milhões de papéis.
Na quarta-feira, dia 06, em ritmo de campanha eleitoral para o segundo turno das eleições para presidente, o assessor técnico para a área de energia do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, criticou a proposta de mudança do modelo de concessão de campos de petróleo para o esquema de partilha. Trata-se de David Zylberstajn, ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que disse aconselhar o candidato Serra a desistir da alteração defendida pelo atual governo.
Voltando da política para o petróleo, propriamente dito, na quinta-feira, dia 07, foi noticiado que o gerente executivo de Engenharia e Projetos da Petrobras, Pedro Barusco, afirmara que está marcada para o dia 03 de novembro a abertura dos envelopes da licitação para a construção das 28 sondas de perfuração que vão operar no pré-sal. As 28 sondas devem custar cerca de US$ 6 bilhões, segundo projeções do mercado, neste processo lançado no final de 2009.
Captação para cinco anos
Fechando a semana, na sexta-feira, dia 08, a Petrobras retornou às manchetes com a notícia de que irá recorrer ao mercado de bônus para captar cerca de US$ 60 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. Segundo o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, a captação não se deve apenas à necessidade de investir os US$ 224 bilhões previstos no Plano de Negócios 2010-2014, mas também de rolar o equivalente a US$ 38 bilhões em dívidas que vencem no mesmo período.
Por Matheus Franco
matheus.f@nicomexnoticias.com.br
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