Manifestantes do Greenpeace invadiram nesta quarta-feira (31/8) a sede da OGX no Rio de Janeiro para protestar contra a presença da petroleira na exploração de petróleo na região do Parque de Abrolhos. Os ativistas solicitam que a petroleira assine uma moratória de 20 anos se comprometendo a não explorar petróleo e gás em uma área 93 mil km² delimitada pela ONG, que inclui os blocos BM-ES-37, BM-ES-38, BM-ES-21, BM-ES-26 e BM-ES-28, na Bacia do Espírito Santo. A Polícia Militar foi chamada e houve um princípio de tumulto na tentativa de retirar os manifestantes.
O diretor de Campanha de Greenpeace, Sérgio Brito, que coordenou a manifestação, afirmou que os blocos da OGX estão incluídos na área de proteção de 50 km a partir do banco de corais de Abrolhos. A empresa, em carta enviada ao Greenpeace, argumenta que as áreas ficam 150 km ao sul do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, não oferecendo riscos ao parque, e que está comprometida com a proteção da biodiversidade brasileira, apoiando, inclusive, unidades de conservação.
O Greenpeace havia enviado uma carta a dez empresas com participação em blocos da região, pedindo a interrupção das atividades, mas só obteve resposta de Petrobras, Shell e Sonangol. Vale, Perenco, OGX, Repsol Sinopec, Vipetro, Cowan e HRT não se manifestaram. Ontem, ativistas da organização já haviam feito um protesto em frente à sede da Perenco contra a exploração de petróleo no arquipélago.
Em 2010, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região cassou uma liminar obtida pelo Ministério Público da Bahia contra a atividade na região do arquipélago, permitindo que empresas explorassem petróleo em um raio de 50 km do conjunto de ilhas.
A OGX detém concessão nos blocos BM-ES-37 e BM-S-38, ambos em parceria com a Perenco.
Fonte: Energia Hoje
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